A temporada de outono de 2022 dos animes foi bem rica. Ela produziu desde estreias a retornos muito aguardados, e vários animes que eu ainda não consegui assistir. (Eles são bons, eu é que sou incompetente) Mas um desses animes se salvou e hoje a gente vai conversar sobre: I'm the Villainess, So I'm Taming the Final Boss. Saudade de um review, né? Pois é, eu também.
A vida de Aileen Lauren Dautriche muda para sempre no dia em que o príncipe Cedric Jeanne Elmir decide terminar o noivado dos dois. O evento é o gatilho para Aileen recuperar as memórias da sua vida passada, e perceber que ela reencarnou em um jogo otome como a vilã. Tem apenas um detalhe... Nesse jogo a vilã morre no final.
Para driblar o destino, Aileen tem apenas uma opção: fazer o "rei demônio" Claude Jeanne Elmir se apaixonar por ela. O que obviamente é mais simples de dizer do que fazer, apresentando um famoso isekai no mundo dos mangás agora como anime.
I'm the Villainess flui um jeito muito similar a uma novela mexicana - e sim, eu digo isso como um elogio. São situações tão absurdas que acabam sendo bem engraçadas, e esse Q de Televisa também se estende ao estilo dos personagens. Eles são bem cativantes e preenchem aqueles estereótipos de "o ex da protagonista", "os pais do namorado", "os amigos em comum", etc.
As situações típicas de isekai acontecem em I'm the Villainess, sim. Mas embora seja óbvio, vale a pena registrar que a própria premissa do anime faz ele se destacar em relação aos colegas de gênero. Dar destaque a vilã é uma ótima inversão de papeis que torna o anime mais dinâmico e interessante. É uma ideia até bem A Usurpadora-esca, ainda mais para quem defende (com razão) que a protagonista é a Paola Bracho.
O traço do estúdio Kadokawa também passa a mensagem de forma competente. Tem um ar delicado e alguns momentos fofos para lembrar a quem assiste de que apesar de ser um isekai, também é um romance. Mas por se tratar de um romance com ação, o traço e a animação de I'm the Villainess reflete isso de maneira igual com cores vivas, muito movimento e "momentos shonen."
I'm the Villainess, So I'm Taming the Final Boss recebeu críticas compreensíveis, mas ao mesmo tempo injustas. Adaptações de mangá para anime dificilmente são 100% fieis ao material de origem. E a real? Nem é necessário.
Embora seja mais corrido e diluído em relação ao mangá, não quer dizer que I'm the Villainess, So I'm Taming the Final Boss é um anime ruim. O anime é apenas diferente, mas ainda assim vale a pena espiar. De todas as qualidades que ele possa ter, I'm the Villainess tem um humor contagiante, o que no mundo de hoje onde tudo é motivo de briga, é uma benção.